fevereiro 22, 2008

A minha questão de hoje é: como lidar com o sentimento de solidão?
Há quem prefira uma boa coberta, um filme antigo e uma caixa de lenço de papel do lado para garantir que não encharcará o sofá! Há quem gaste horas e horas com coisas que engrandecem o ego... fazer compras, ir a uma academia ou correr no parque mais movimentado da cidade, ir ao salão de beleza e acabar o dia mostrando o resultado disso tudo só para as amigas numa sessão fofoca!
Há quem prefira se fazer de forte e inatingível. Colocando a melhor roupa, o melhor sapato e o melhor (e mais superficial) sorriso no rosto e sair por aí fingindo que nada aconteceu. Se o namoro acabou, e você está um trapo humano de tanta tristeza, ainda sim combina um encontro com amigos bacanas num bar badalado (e que sabe que vai encontrar o dito cujo lá), sorri e conta casos e casos como se tudo estivesse numa boa! Abraça pessoa por pessoa... fica pelo menos 5 minutos com cada uma perguntando de como estão as coisas e mente sobre você dizendo que está tudo ótimo. E quando te perguntam "e o namoro menina? como está?", a resposta automática é "ah, terminamos, mas tô bem... nem imaginava que seria assim." e uma mudança repentina de assunto!
Desses modos citados de encarar isso tudo, acho que me encaixo no último! E não me orgulho disso. É a ação involuntária mais estúpida que eu tenho e ainda sim continuo fazendo e nem sei porque.
Se o caso é se fazer de forte e beijar um carinha bacana numa festa perto de algum amigo do ex fosse a solução, não seria um peso morto na conciência no dia seguinte pensar no que foi feito. E claro, depois disso, lágrimas e lágrimas e o clássico "porque meu Deus... porque?"
Por outro lado, se eu ficasse em casa mofando junto com a coberta molhada de tanto chorar, algum amigo "protetor" chegaria na minha casa e me daria uns bons tapas na cara seguidos de "acorda mulher, vira gente e vai pra rua se divertir.", e eu na minha falta de equilíbrio para as coisas, não conseguiria juntar o melhor - se é que existe um melhor - das duas situações.
Com isso, eu continuo a minha saga pela forma mais adequada ou menos extrema de lidar com uma questão tão feminina: a solidão! Que vem as vezes não só por carência ou abandono mas também por meio hormonal - de onde vem a TPM, a auto estima baixa, a ansiedade e muitos dos outros problemas citados nas listas de "na-próxima-encarnação-a-mulher-tem-que-vir-sem" que cada homem faz questão de fazer.
Talvez seja melhor nem revirar tanto em questões tão delicadas e pessoais. Mas aceito sugestões e críticas...

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fevereiro 13, 2008

Dia longo!
E a primeira coisa que me passa pela cabeça é: "porque foi mesmo que eu me levantei da cama hoje?". Sabe-se Deus por qual motivo! Mas aqui estou. De pé e cansada... muito cansada!
Não basta ser mulher, tem que ter hormônios! E eles vêm de brinde e de uma só vez.
Porque essa louca que vos escreve está vomitando isso tudo assim do nada? Pois bem... por que minha missão neste mundo, hoje, é relatar o dia de uma mulher atacada. Ou melhor, o dia interminável de uma mulher atacada!
Acordar cedo só não basta. Ainda mais quando houve uma ligeira luta tarde da noite entre a necessidade de dormir e a vontade do mesmo. O primeiro erro começa aí! O segundo, é ser acordada pelo telefone celular - aos berros - 6:45 da manhã (sim, 15 minutos fazem falta!!!) por algum idiota qualquer que não faz idéia do número que discou e tão pouco a hora de fazer ligações.
Sabe o que se ganha com isso? Dor de cabeça!
Erro número três: seguir até sua cozinha (cospindo fogo de ódio), abrir seu armário e dar de cara com um único bolo sabor laranja fechadinho no pacote! Juro que quando eu o comprei cheguei a pensar "ai, vai ser uma delícia acordar um dia, abrir esse pacotinho de bolo, fazer um café fresquinho e sair feliz por aí..." mas, como o dia começou errado, obviamente o bolo não podia ser a excessão.
Eis que dou de cara com o bolo (ênfase seja dada ao fato dele estar fechadinho no pacote!) mofado. Acho que todo mundo pode imaginar minha cara de "felicidade" neste exato momento. Tudo bem... tomo um copo de leite e saio pra trabalhar.
Por conta de 15 minutos a menos no meu soninho de beleza, estou eu com cara de morta-viva sentadinha na frente do computador ajustando a matéria que deve ser entregue ainda hoje na revista.
(Espaço para um grande parênteses: não me lembro ter relatado o que diabos eu faço da vida... pois bem, me viro com o que posso. Escrevendo coisas interessantes para mulheres interessadas. Ou coisa do tipo. Bom, entende quem quiser)
Não era pra ser possível um belo e sintético trabalho. Alguma coisa tinha que acontecer, e aconteceu! Máquinas... como tenho vontade de tripudiar em cima delas. Computador travado, conteúdo perdido porque a morta-viva não lembrou de salvar.
Respira fundo, conta até três. Dá uma voltinha até o banheiro, lave o rosto e volte pra lá para terminar logo esse trabalho. Afinal de contas, quem precisa da hora do almoço? Ainda mais tendo tomado de café da manhã apenas um compo de leite (delícia!).
Trabalho vai, trabalho vem, a dor de cabeça faz questão de fazer companhia até a hora de ir embora. A solução é ir pra casa tomar um banho e fazer um jantarzinho leve bem gostoso. Mas, como desgraça pouca é bobagem, a pia da minha cozinha não está nada bonita com tanta louça e coisas para guardar.
A única vontade que eu consigo expressar é a de bater com a cabeça na parede. E bater muito e com força!
Tudo bem, eu arrumo tudo e peço uma pizza marguerita. Confesso que pensei nisso salivando bastante.
Um tempinho de espera, pegar a pizza e pagar o sujeito... avançar na comida como seu estivesse dias e dias de jejum.
Erro nem-sei-mais-qual: pizza de atum!
Detalhe especial: de-tes-to atum!
A fome é grande de mais (assim como a vontade de bater a cabeça na parede) para ligar, reclamar e esperar que outra pizza chegue até meu estômago. Salve o ketchup, a maionese e a mostarda!
Eu normalmente não faço uso de molhos quando como pizza, mas, nessas condições, não havia outra alternativa. Minha força de vontade só me permitiu um pedaço embora minha fome me permitisse mais.
Acho que enfiar a cabeça debaixo de uma ducha de água fria me tira desse corpo hoje, poque caso contrário, eu faço mesmo uso da parede mais próxima (e com força!).


PS especial: se você se pergunta o porque dos hormônios supra citados, bom, mulheres me entendem... homens, pesquisem!

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fevereiro 09, 2008

É sábado a noite!
E depois de passar o dia todo lutando contra a programação da TV e a vontade incontrolável de comer qualquer espécie de doce, me encontro jogada na cama ao lado do telefone esperando que ele me traga algum convite pra sair.
Nada!
Uma coisa é certa: olhar para o telefone não faz ele tocar! Mas a gente não perde as esperanças. Levantamos da cama, caminhamos até o guarda roupas e nos pseudo arrumamos! Vai que até lá alguém liga e diz: "daqui a dez minutos eu passo aí pra te buscar."
Depois de passar uns bons minutos escolhendo o que vestir e ainda sim se enfiando em qualquer roupa a contra gosto, umas voltinhas desesperadas pelo quarto e pronto! Estou eu novamente ao lado do telefone lançando olhares de quem implora por uma ligação!
Porque a gente não toma uma atitude e liga pra alguém afinal?
Jamais... parecer desesperada num sábado a noite é sinônimo de fossa! É "preferível" terminar um sábado sozinha dentro de casa assistindo um filme de 1500 do que ligar pra alguém dizendo "vamos sair?".
A questão é que parece que além de mim, ninguém mais vai tomar uma atitude de cunho desesperador... uma altura dessa da noite pipocas e mais pipocas já devem estar estourando ou enchendo bacias enormes para acompanhar uma comédiazinha romântica qualquer que está infestada de poeira e teia de aranha na estante da sala!
Eu, obviamente, já consegui implantar um grande buraco no chão do meu quarto e provavelmente derreti o telefone de tanto olhar pra ele. Mas eu prezo a minha honra... durmo maquiada e prontinha pra sair mas não ligo pra ninguém hoje a noite!
Atitudes mais desesperadas nos fazem desligar o relógio mais próximo... puxar a tomada, tirar as pilhas, sei lá. Qualquer coisa que não venha lembrar que o tempo tá correndo, você ainda está em casa e de fato não há chance alguma de sair nem pro portão que dá pra rua.
Tudo bem!
Aceitar o destino trágico da noite de sábado as vezes faz parte. Assim sendo, levantar, guardar a roupa no mesmo lugar e tirar a maquiagem. Voltar pra cama e antes de encostar a cabeça no travesseiro, uma última olhada cheia de prece pro telefone!

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Mais uma noite de insônia!
Chego a pensar que nunca mais vou pegar no sono... pois bem, a solução para passar o tempo: escrever!
Isso talvez seja minha válvula de escape! Talvez assim eu consiga fazer o tempo passar mais rápido ou me encher de sono de tanto olhar para essa tela mórbida do computador.
Eu, na verdade, estou ainda pensando sobre o que escrever aqui. Mil coisas rondam minha cabeça vazia... mas não consigo fazer uma conexão com nenhuma delas.
Só o que faltava... uma noite de insônia nada produtiva mesmo!
Se bem que, relendo o já escrito, percebi uma leve exigência de minha parte. Coisa de mulher! Talvez eu deva escrever sobre isso. Sobre coisas de mulher...
A começar pela exigência constante e muitas vezes inútil. Escolher e exigir demais nos leva à carência e às reclamações constantes!
Consequentemente, reclamar demais nos afastam das pessoas (o que significa mais carência), e nos tiram a auto estima. Auto estima baixa: carência!
De fato, mulher exigente, mulher carente! E eu não conheço mulher no mundo que pregue com convicção o discurso de "solteira por opção!" ou "sozinha mas feliz!". Se você conhece, investigue a fundo os armários da cozinha dessa pessoa e descobrirá que o chocolate é o item presente na lista de compras!
Algumas preferem optar pelo sorvete. Outras por balas ou jujubas. Há quem prefira consimir cafeina compulsivamente e se matar numa esteira ou na academia mais próxima o que resulta em banho e cama no fim do dia!
É claro que um certo nivel de exigência deve ser mantido. Mas até que ponto sua exigência alcança padrões inatingíveis? Sua opção de "sonho de consumo" é: loiro, alto, de cabelo raspado, olhos claros e com músculos bem definidos! Tentador... Mas você está sozinha porque o Brad Pitt aí dos seus sonhos não apareceu na festa de ontem. Justo na festa que você foi lindíssima e cheia de péssimas intensões, e o "moreno alto, bonito e gostosão" que chegou em você levou um fora porque a genética dele não foi compatível com o que você sempre quis. Talvez ele fosse a solução dos seus problemas.
Maldita exigência! No dia seguinte você acorda com um leve arrependimento! Mas bate o pé e diz que vai até o fim na caça pelo genro que mamãe pediu a Deus.
Conclusão: mais um dia para o clássico "o que há de errado comigo?".
E o mais engraçado é que, mesmo procurando muito... mesmo demorando anos para ficar com o príncipe encantado, o que vai ser dito no final das contas é que homem é tudo igual! E se é tudo igual, pra que exigir tanto?

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