março 21, 2009

Além da morte, existe outra certeza na vida: dor de cabeça e aglomerados humanos não combinam. Muitas vozes, muitos alvos visuais, muita atenção a ser disperdiçada...
A única coisa que se deseja é um quarto escuro, uma cama confortável, alguns travesseiros e um clima agradável.
Deus, como o instinto assassino de uma pessoa é aguçado na multidão clara quando sua cabeça dói.
Talvez seja a pior das dores. Ela te acompanha o dia todo, você se queixa mas sempre se recusa a tomar um remédio porque acredita que ela vai passar.
Ledo engano!
Você pode se esquecer dela por um tempinho quando tenta se concentrar em outras coisas... mas é ouvir sons distintos em um mesmo espaço de tempo e "voi la". Existe uma rave na sua caixa craniana.
Alguém por favor, manda esse DJ embora. Joga água nessa gente maluca e me deixa em paz.
Você pensa em se torturar... se jogar de um prédio, bater sua cabeça na parede. Pra que? Atitudes impensadas. E tudo isso porque o analgésico tá lá e você se recusa. "Não... pra que curar a cabeça pra começar o estômago??" ou "Bobagem... vou fechar meus olhos. Logo passa.".
É... não passa. E se passa, espere meia hora. Ela volta!
Pois é. E acho que acabo este por aqui. Essa dor não me larga e eu não vou mais lutar contra a aspirina que está desde muito cedo me gritando alí da caixa de remédios. 
No way! Aspirina 1 x 0 Ser "pensante".